Conta-se que Deus, acompanhado por São José e São Pedro, em uma longa jornada, pediu pousada na casa de um índio, já velhinho e muito pobre, que tinha como único bem, uma jovem e linda filha.
O bom índio acolheu os incógnitos visitantes com carinho e hospitalidade.
Querendo recompensá-lo, Deus disse ao ancião:
– Vou premiá-lo pela generosidade de sua acolhida, tornando imortal, sua bela e inocente filha, a quem você quer tanto. E assim, Caá-Yari, a jovem guarani, foi transformada na árvore da erva-mate, que desde então existe e por mais que a cortem, sua folhagem volta a brotar e a florir sempre mais vigorosa, permanecendo eternamente jovem.
Caá-Yari tornou-se a deusa dos ervais protegendo suas selvas, favorecendo os ervateiros, abreviando seus caminhos, diminuindo-lhes o peso dos feixes e mitigando-lhes a árdua e cansativa jornada de trabalho nos ervais.